Porque nem só do texto escrito vive o homem, no À Pala de Walsh inauguramos uma rubrica de conversa sobre filmes e aquilo que os rodeia. “Filme Falado” vai ser uma iniciativa que nos vai por todos a gerir a emoção, a imediatez, os tremeliques da conversa on the spot. A ideia é simples: cada mês os nossos leitores ajudar-nos-ão a escolher um filme. O que reunir mais votações será visto por nós em conjunto, ao que se seguirá uma conversa sobre este e sobre a vida.
Nesta edição 0 ainda não há escolha. Decidimos ir ver o filme que se impunha, que muita polémica tem gerado entre o público cinéfilo português. Morangos com Açúcar – O Filme de Hugo de Sousa é fenómeno de bilheteira por estes dias e caminha singelamente para se tornar o filme mais visto de sempre em Portugal. O que se segue é uma conversa séria, hilariante sobre o que vimos, o que não vimos ou o que desejávamos ter visto no filme. Será os Morangos um filme hawksiano? É melhor que Nolan? Que sinal é para o futuro do cinema português? Haverá uma condição existencial espelhada na miúda que anda à procura do balneário? E bater num tambor será uma nova forma de libertar tensão sexual? Descubram estas e outras “pérolas” no número 0 deste “Filme Falado”.
3 Comentários
Antes de mais, não vi o filme dos Morangos e por isso nem irei muito por aí. Mas parece-me que, de facto, e por muito maus que sejam este tipo de filmes, às vezes têm a sorte de serem vazios. Sorte porque nessa falta de conteúdo e falta de saber o que fazer, pode surgir ideias, experiências, nuances, referências, enfim todo um rol de “situações” que dizem mais ao cinema ou exploram-no mais (mesmo no seu nível mais básico), que propriamente um blockbuster actual, dada a sua velocidade que não dá espaço a nada, nem ninguém. É claro que isto é uma ponta por onde pegar, porventura a única aqui (mas não sei, repito, não vi o filme).
E gostei da rubrica, da interacção entre os quatro, das identidades e “forças” que nos chegam (dos quatro), da espontaneadade, das ironias e, principalmente, da novidade que é ter uma rubrica sonora, digamos, falada e ouvida.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo
[…] do número 0, dedicado a Morangos com Açúcar – O Filme (2012), a rubrica “Filme Falado” — em que os […]
[…] do número 0, dedicado a Morangos com Açúcar – O Filme (2012), a rubrica “Filme Falado” — em que os […]