Depois do número 0, dedicado a Morangos com Açúcar – O Filme (2012), a rubrica “Filme Falado” — em que os quatro fundadores do À pala de Walsh conversam e dizem vários disparates acerca de um filme — tem a sua primeira edição a sério, com uma escolha dos leitores na página de Facebook (a partir das nomeações dos ditos fundadores): Nekromantik (1987), obra maldita (e de culto) do cineasta alemão Jörg Buttgereit. (Foi o Carlos Natálio que o nomeou, para o caso de alguém estar curioso.)
Como é habitual na maioria dos filmes-choque que fizeram furor há alguns anos, Nekromantik , uma porno-chachada para necrófilos, não é particularmente chocante (salvo uma cena ou outra), o que leva à questão da falta de capacidade de alguém se deixar afectar pelo que quer que seja devido à excessiva representação da violência que domina a sociedade, um tema que o filme aborda, sem que, por isso, não deixe de ser um exploitation que reduz as poucas ideias que tem a imagens fortes. Mas, em vez de ler, ouça-se o que temos a dizer sobre Nekromantik: