Mês rico, proteico, mexido, divinal, cósmico… se calhar tanto quanto qualquer outro mês do ano, mas, para o animal sem memória chamado “cidadão do século XXI”, parece que fugimos à contestação se dissermos que algo de absolutamente diferente, interessante, espectacular, inaudito aconteceu neste mês de Fevereiro. E, bem visto, agora que o escrevemos, talvez até a nós mesmos nos iludimos com estas verdades vendidas 24 horas por dia nas nossas televisões e jornais. Afinal, foi banal a queda de meteoritos concomitante à agitação viral, sísmica do Harlem e da Grândola, Vila Morena? Foi insignificante a reforma antecipada de um papa que já tinha manifestado a vontade de “arrumar as botas”, quando ainda não tinha sido escolhido (perversamente?) pelos pares para liderar os destinos da Igreja Católica? Terá sido irrelevante a revelação de que andamos a salivar por carne de cavalo e não sabemos ou que andámos a aplaudir um atleta exemplar para afinal descobrirmos que é um maníaco armado até aos dentes (ou até às pernas)? Se calhar a nossa TDT tem o sinal estragado, porque Fevereiro de 2013 nos pareceu, de facto, um mês “d’outro mundo”.
(Para melhor acompanhar a narrativa, por favor, pouse e repouse o cursor sobre cada imagem)
A música como “arma explosiva” de combate político
O olho do dono engorda o cavalo
São Álvaro beija o leproso
TDT: uma piada sem graça
Sr. Ulrich, olhe que nem todos aguentam
TGV: imparável
Quando a censura acrescenta… à indumentária de Estado
Harlem Shake: a moda “desmiolada” onde pouco se abana o capacete
Pistorius e o seu “very private” Planet Terror
Impacto profundo
Reforma
Luís Mendonça e Ricardo Vieira Lisboa