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À pala de Walsh
Dossier, Raoul Walsh, Herói Esquecido 0

Que sei eu de Walsh?

De À pala de Walsh · Em 26 de Maio, 2013

Se me perguntassem como resumir numa só palavra todo o cinema de Raoul Walsh, e assim dar corpo a um ensaio sobre ele a partir de sete letrinhas apenas, imediatamente me lembraria de uma: e-n-e-r-g-i-a. Só e apenas depois dela me viriam à cabeça os repentes e a metralha de Cagney; os fatos às riscas de Raft; o foragido Bogart traído por um simpático cachorro de nome Pard. Logo a seguir o general Lee de Errol Flynn, morrendo ‘calçado’, e a Mayo enfeitiçando Peck, perdão, o Cpt. Horatio Hornblower, o mesmo daquela capa que para ali está, precisando de encadernação há anos e anos, pobrezinha. E, claro está, o maior de todos, o Barba Negra, o impagável Robert Newton de velhas e mofas piratarias.

E logo remataria o meu punhado de lembranças imediatas de Walsh, não com os filmes com Gable (que não venero por aí além, nem o actor nem, mil desculpas, os respectivos títulos…), mas os dois únicos mudos que dele vi (acabo de concluir amargamente que por muito que gostasse de ter visto Bara fazendo de Carmen, ou Pancho Villa fazendo dele próprio, a verdade, verdadinha, é que não vi e tenho raiva de quem os tenha visto). Não, falo daquela enérgica tempestade tropical que varre os belos olhos, aqueles imensos ‘lagos’ do Pacífico da Swanson, de Sadie Thompson (A Sedução do Pecado, 1928), e, sobretudo, falo de um dos meus ‘mais-que-tudo’: The Thief of Bagdad (O Ladrão de Bagdad, 1924), com o insuperável Fairbanks, por sinal outro poço de… energia, como Walsh, incansável.

Admito que o meu recurso de imediato a imagens seleccionadas seja fruto de desinspiração do momento por força da famosa troika, ou se deva a uma degenerada indolência em pesquisar e/ou decalcar ou, simplesmente, e mais provável, à minha completa impreparação em desatar a escrever em ensaio analítico e cerebral aquilo que em mim se projecta apenas como imagens e emoção – o Cinema – pelo que me terei decidido, sem pestanejar, a assim resumir em sete letras o que entendo por Raoul Walsh.

É certo que não conheci pessoalmente o autor de High Sierra (O Último Refúgio, 1941) e White Heat (Fúria Sanguinária, 1949), nem sequer, para grande pena minha, vivi os tempos que ele viveu. Nem peripécias e aventuras sequer parecidas com as que os seus testemunharam e biógrafos descreveram para gáudio de nós todos, viciados em Cinema. Mas acredito no que dizem, que tenha tido uma vida imensa e intensa de quase 100 anos e outros tantos filmes, entre curtas e longas ao longo de mais de meio século de produções. Foi um aventureiro como só foi possível naquele tempo.

Inspirou, de certezinha, um sem-número de futuros talentos, com John Huston à cabeça. Dizem que viveu de extremos e nos extremos, acrescento eu. Foi amigo do revolucionário Villa e do justiceiro Wyatt Earp, mas também do magnate Willam Hearst, por exemplo. Chegou a ‘matar’ Lincoln, como actor, fazendo de Booth e a mando de Griffith. Tornou, garantidamente, os filmes de gangsters em verdadeiros épicos… e ninguém mais soube morrer gritando para a mãe como Cagney fez.

Creio mesmo que Walsh terá rodado os seus filmes com aquela energia e com aquela satisfação, de sorriso de orelha a orelha, com que Fairbanks vai criando exércitos de seguidores por golpes de mágica, atirando magia ‘lá para baixo’ desde o cimo do seu tapete voador, dando assim novos mundos ao mundo, como se lançasse flores, ao som da Scheherazade de Rimsky-Korsakov, com uma energia contagiante.

Vejo-o como se o visse a 3D, ali mesmo, no ‘nosso’ Tivoli da ‘nossa’ Avenida da Liberdade, ali, quando tive o prazer desmesurado de assistir à projecção do The Thief of Bagdad, com acompanhamento ao vivo da orquestra de Davis, em soirée ‘à cunha’, em iniciativa inolvidável do não menos inolvidável Bénard da Costa, que não mais voltarão.

“Happiness must be Earned”, é o lema deste épico das mil e uma noites de Walsh.
Assino por baixo.

Paulo Ferrero

O que me liga ao cinema: desde os 6 anos, idas sistemáticas ao cinema com a minha Avó materna, i.e., aos cinemas que já não existem, salvo o São Jorge, o Odéon, o Politeama e o Tivoli, e o Império e o Roma (estes usados agora por outro tipo de fiéis). Ver cinema é ir ao cinema e ir ao cinema, para mim, é (era) vê-lo no Monumental, Eden, Tivoli, Conde, Odéon, Império, Roma, Alvalade, Mundial, Apolo 70, etc.
Onde escrevo sobre cinema: no meu blogue Cine-Australopitecus, onde gostaria de escrever muito mais e muito melhor, e avulso aqui ou ali quando me pedem e consigo.

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