Regressado da minha primeira viagem a Roma, troquei impressões sobre a minha visita com um amigo meu padre sobre todas as suas imagens: não apenas aquelas que edificavam, nos interiores das suas igrejas, um percurso que nos parece querer levar a uma ideia de paraíso, mas também as das ruas nocturnas e selvagens da cidade, tais como rápidas projecções e sombras de um inferno que surgem nas paredes de casas que nos dão a cor da terra, tintadas entre o prazer, a divindade, e o pecado.
O presente texto foi publicado no livro de compilação O Cinema Não Morreu – Crítica e Cinefilia À pala de Walsh. Pode adquiri-lo junto da editora Linha de Sombra, na respectiva livraria (na Cinemateca Portuguesa), e em livrarias seleccionadas.