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Críticas, Em Sala 0

Diana (2013) de Olivier Hirschbiegel

De Carlos Natálio · Em 26 de Setembro, 2013

Diga-se em abono da verdade que quando queremos homenagear alguém há coisas bem mais baratas e bem mais à mão do que realizar um filme. Não parece, contudo, ter sido essa a opinião da dúzia de produtores e co-produtores ingleses, franceses, suecos, belgas e moçambicanos por detrás de Diana (2013). O resultado é um desses retratos assépticos de masturbação histórica sobre a “princesa do povo”, em concreto, sobre os seus últimos anos de vida antes do acidente de viação em Paris que a vitimou, durante os quais manteve um caso amoroso atribulado com o cirurgião paquistanês, o Dr. Hasnat Khan.

Se a ideia de homenagem já de si é propensa a turvar o julgamento artístico criativo, era possível rearranjar os clichés de forma a tornar tudo isto muito menos penoso. Mas o alemão Oliver Hirshbiegel, que veio do espectro diabólico [Der Untergang (A Queda: Hitler e o Fim do Terceiro Reich, 2004)] para o espectro da santidade absoluta, não parece querer fazer-nos a vontade, e isto, apesar de começar relativamente bem com as pernas, passos e hesitações da princesa nas sequências iniciais, com o passar do tempo, rapidamente se instala uma clareza maçadora fazendo com que afinal todo o filme se resuma a três ideias centrais.

Um: Diana foi uma pessoa extremamente boa e caridosa. Não o pomos em causa. Apenas e unicamente ficamo-lo a saber através de lamentáveis sequências, vazias e ilustrativas. Diana que nem série Anita. Diana com os pretinhos, Diana abraça os sofredores, Diana vende vestidos em segunda mão, etc.

Dois: Diana é uma pessoa que, apesar de princesa, é extremamente normal. Logo, vê séries de televisão e tira os sapatos e faz torradas e, como todas as pessoas, tem telemóvel (aliás, tem quatro).

Três: esta é uma história de amor. Diana apaixona-se pelo dito cirurgião, que fala por parábolas charmosas, e ambos vivem uma paixão intensa: partilham fast food, caranguejos nas costas e jantares onde Diana tem de usar uma peruca para se disfarçar de morena. Depois as coisas correm menos bem e Diana, para fazer ciúmes a Hasnat, começa a envolver-se com Dodi Al-Fayed. Tudo isto em terreno soap opera, diálogos hirtos que nem barras de ferro (Naomi Watts e Naveen Andrews fazem o que podem), onde pontuam exortações crísticas como: “someone has got to go out there and love people”. Tudo, tudo, para inglês ver, claro.

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2010'sNaomi WattsNaveen AndrewsOlivier HirschbiegelPrincesa Diana

Carlos Natálio

«Keep reminding yourself of the way things are connected, of their relatedness. All things are implicated in one another and in sympathy with each other. This event is the consequence of some other one. Things push and pull on each other, and breathe together, and are one.» Marcus Aurelius

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Sem Comentários

  • john doe diz: 26 de Setembro, 2013 em 14:15

    De acordo. Para Inglês ver e não só, muitas pessoas vão chorar aqui neste País feliz. Ver a Diana faz esquecer o desemprego, a miséria, a fome. Ouvi dizer a uma pessoa bem informada que o Governo irá patrocinar algumas exibições do filme, logo que acaba a festa das eleições. Aqui está uma grande ideia, talvez sugerida pelo Cavaco ou pela troika. O Tozé que se cuide, as suas ideias (?) poderão ficar ofuscadas pelo brilho duma iniciativa genial.

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