Sendo eu ignorante nos estudos da epistemologia, parece-me que haverá duas formas principais de apreender conhecimento: uma será obviamente a experiência e a outra será o racconto (oral, escrito, filmado, espiritual…) das experiências de outrem. É pois claro que certas coisas na vida só se poderão aprender por apenas uma das vias (por exemplo, só através da segunda podemos conhecer um tempo anterior ao nosso, mas a cor verde só é alcançável aos que a possam ver). Um desses conhecimentos intransmissíveis (mas facilmente experienciavel) é o prazer de ler uma jornal à beira-mar. Agora que o tempo (atmosférico) convida e o tempo (do pulso) dilata, as tardes são cheias de sol e escritos vários, não só de jornais evidentemente. [este texto foi envelhecido em casca de carvalho desde o mês de Agosto, não que isso tenha trazido aromas de frutos silvestres ou fragrâncias terrosas]
O presente texto foi publicado no livro de compilação O Cinema Não Morreu – Crítica e Cinefilia À pala de Walsh. Pode adquiri-lo junto da editora Linha de Sombra, na respectiva livraria (na Cinemateca Portuguesa), e em livrarias seleccionadas.

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