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Críticas, Em Sala 0

L’homme qu’on aimait trop (2014) de André Téchiné

De Ricardo Gross · Em 24 de Junho, 2015

O filme de André Téchiné é do ano passado mas mesmo que fosse de dez anos antes chegaria com atraso ao seu público. Quando cinemas como o Quarteto ou o Londres entraram em declínio acabando por fechar portas, as senhoras da Avenida de Roma, que no que respeita a Portugal são o público-alvo de um filme como L’homme qu’on aimait trop (O Homem Demasiado Amado, 2014), porque deixaram de ver cinema em sala quando os cinemas do seu bairro deixaram de existir, não irão mais ao encontro deste tipo de filmes (ou de quaisquer outros) que as obrigue a uma deslocação que representaria a quebra de um ritual, uma traição à natureza dos seus hábitos.

Havia uma história para contar e André Téchiné ilustrou-a.

Téchiné filma com base num caso real que se arrastou na justiça mais de trinta anos. No coração de L’homme qu’on aimait trop existe um mistério inversamente proporcional à ausência de mistério no próprio filme. Como numa intriga de Poirot tudo é muito bem explicadinho para que o crime pareça mais incompreensível ao espectador. Se aqui foi a vida a imitar os policiais de cordel, o veterano realizador francês devia ter noção de que isso não é garantia de bom cinema (e se Téchiné tem óptimos filmes!). Havia uma história para contar e André Téchiné ilustrou-a.

L’homme qu’on aimait trop só não é maior desperdício porque a rendição de Téchiné não é completa. Para lá do folclore barroco do casino dirigido por madame Le Roux (Catherine Deneuve em versão oxigenada como se estivesse ainda no Ozon de má memória), da Riviera filmada em tons açucarados como num bilhete-postal, ou da contrastante paisagem rural sobrevoada pela câmera de Téchiné tal qual um pastelão lelouchiano, resiste uma actriz em estado puro e selvagem (Adèle Haenel), a mulher que ama demasiado e que desaparecerá sem explicação. O único elemento do filme completamente legível que tinha de ser como é. Não sabemos se André Téchiné confundiu o coração da herdeira Agnés Le Roux com a globalidade do projecto e agora não é mais possível tentar obter a explicação da boca das simpáticas tias que não irão ver este filme.

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2010'sAdèle HaenelAndré TéchinéCatherine DeneuveFrançois Ozon

Ricardo Gross

"Ken is a tormented man. It is Eiko, of course, but it is also Japan. Ken is a relic, a leftover of another age, of another country." The Yakuza (1974) de Sydney Pollack

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