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À pala de Walsh
Beixi Moshuo (Behemoth, 2015) de Zhao Liang
Festivais, Porto/Post/Doc 0

Porto/Post/Doc 2015: antevisão

De João Araújo · Em 30 de Novembro, 2015

Decorre nos próximos dias 1 a 8 de Dezembro o segundo Porto/Post/Doc, depois de uma promissora primeira edição. Tal como no ano passado, o Festival ocupa três locais de exibição próximos do centro da cidade: o Teatro Municipal Rivoli, o Cinema Passos Manuel e o Espaço Cultural Maus Hábitos. O primeiro grande destaque da programação vai para uma colaboração entre o À Pala de Walsh e o Porto/Post/Doc, através do qual será apresentado, sob o lema Working Class Heroes, um ciclo de filmes de Lionel Rogosin, um dos nomes mais importantes da história do documentário, pela forma como combinava o género documental com a ficção: On The Bowery (No Bowery, 1956) [dia 5 às 18h30, TM Rivoli], revela um retrato intemporal sobre um bairro problemático em Nova Iorque, onde os marginais da sociedade acabavam entregues à sua miséria e donde raramente voltavam a sair, e Come Back, Africa (Volta, África, 1959) [dia 8 às 18h30, TM Rivoli], que através de filmagens clandestinas, mostrava as condições de vida durante o apartheid na África do Sul, como nunca tinha sido feito antes. Durante o festival estará patente uma exposição de fotografias de Lionel Rogosin, no foyer do Auditório Isabel Alves Costa do Teatro Municipal Rivoli, a partir de uma seleção feita por Michael Rogosin, filho de Lionel, e que estará presente no Porto para apresentar estas sessões e o seu documentário sobre a obra do pai, The Perfect Team: The Making of On the Bowery (A Equipa Perfeita, 2009) [dia 7 às 10h, TM Rivoli]. Este ciclo de filmes será também alargado a Lisboa, numa parceria com a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, onde os filmes serão exibidos no dia 9 e 10 de Dezembro.

The Thoughts That Once We Had (2015) de Thom Andersen

The Thoughts That Once We Had (2015) de Thom Andersen

Além de Lionel Rogosin, o festival apresenta outros dois ciclos dedicados a dois nomes incontornáveis no panorama do documentário. Thom Andersen, cineasta eminente do género filme-colagem-ensaio, será alvo de uma retrospectiva quase integral ao longo do festival (com a excepção do seu filme mais famoso, Los Angeles Plays Itself, 2003, exibido no edição anterior). Será a oportunidade de (re)ver Red Hollywood (Hollywood Vermelha, 1996) [dia 3 às 22h30, Passos Manuel] ou a estreia do seu filme mais recente, The Thoughts That Once We Had (Os Pensamentos que Outrora Tivemos, 2015) [dia 6 às 22h15, Passos Manuel], uma análise da história do cinema à luz da obra de Deleuze, numa associação livre de sequências da história do cinema, no que será um dos momentos altos do Festival para qualquer cinéfilo. O outro nome destacado pelo festival é Chantal Akerman, numa homenagem à realizadora belga recentemente falecida, com a exibição do seu último filme, No Home Movie (2015) [dia 1 às 22h15, Passos Manuel], um comovente filme sobre a relação de Akerman com a sua mãe; News From Home (Notícias de Casa, 1976) [dia 7 às 22h15, Passos Manuel], onde Akerman percorre as ruas de Nova Iorque como nómada enquanto lê cartas da sua mãe; e finalmente o documentário I Don’t Belong Anywhere – Le Cinéma de Chantal Akerman (Não Pertenço a Lado Algum – O Cinema de Chantal Akerman, 2015) de Marianne Lambert, que acompanhou Akerman durante vários meses à  procura de um esboço de um retrato desta realizadora esquiva – o filme apenas será exibido dia 3 às 10h,  no TM Rivoli, mas será seguido de uma masterclass de Marianne Lambert.

Outros nomes consagrados fazem parte da programação, com realce para a apresentação do filme mais recente de Frederick Wiseman, cuja carreira aproxima-se dos 50 anos, que com In Jackson Heights (Em Jackson Heights, 2015) [dia 8 às 19h, Passos Manuel] investiga um bairro multi-cultural de Nova Iorque debaixo de uma crise de identidade e um problema de gentrificação que é cada vez mais actual – Wiseman regressa a um tema mais político e em grande forma. De Albert Maysles, realizador celebrado pelos seus filmes Grey Gardens (1975) e Gimme Shelter (1970), e falecido há poucos meses, chega o seu penúltimo filme, Iris (2014) [dia 1 às 22h, Grande Auditório TM Rivoli], um retrato de Iris Apfel, um ícon de Nova Iorque que aos 93 anos de idade continua a agitar o mundo da moda. Do desconcertante realizador José Luis Guerín chega o polémico L’Accademia Delle Muse (A Academia das Musas, 2015) [dia 7 às 22h15, Passos Manuel], uma experiência-documentário que pode afinal não ser o que aparenta, questionando a percepção do espectador.  Menção ainda para o filme da sessão de abertura, The Wolfpack (A Matilha, 2015) [dia 1 às 22h, Grande Auditório TM Rivoli], filme sobre um grupo de irmãos que vivem escondidos num apartamento em Manhattan, cujo único acesso ao mundo exterior é através dos filmes que vêem e recriam apaixonadamente – foi o filme vencedor do Festival de Sundance 2015 na categoria Documentário.

Beixi Moshuo (Behemoth, 2015) de Zhao Liang

Beixi Moshuo (Behemoth, 2015) de Zhao Liang

Por todos os programas paralelos ao longo do Festival, é na secção da Competição que podemos encontrar um barómetro da produção contemporânea do género documental. A selecção deste ano incide numa aposta sobre vários realizadores em início de carreira, ainda relativamente desconhecidos, prometendo a descoberta de novos talentos. Alguns destaques incluem: Beixi Moshuo (Behemoth, 2015) de Zhao Liang [dia 3 às 22h30, TM Rivoli; repete dia 6 às 16h30, Passos Manuel], um filme que contrasta as novas paisagens que vão surgindo com o progresso económico com um olhar poético, vencedor de dois prémios no Festival de Veneza; Toponimia (Toponímia, 2015) de Jonathan Perel [dia 2 às 15h, TM Rivoli; repete dia 5 às 19h, Passos Manuel], sobre um conjunto de pequenas cidades na província de Tucumán na Argentina e as marcas deixadas pela passagem do tempo; Killing Time – Entre Deux Fronts (Tempo Para Matar, 2015) de Lydie Wisshaupt-Claudel [dia 2 às 22h30, TM Rivoli; repete dia 5 às 16h30, Passos Manuel], retrato do dia a dia de um grupo de marines de regresso do Afeganistão e do Iraque, estacionados algures na paz terrena de uma base militar nos EUA; Las Letras (As Cartas, 2015) de Pablo Chavarría Gutiérrez [dia 1 às 19h, TM Rivoli; repete dia 4 às 15h, TM Rivoli], que procura reconstruir as memórias de um um professor e ativista indígena mexicano através de cartas escritas a partir da prisão; Cartel Land (Terra de Cartéis, 2015) [dia 3 às 16h30, Passos Manuel; repete dia 6 às 22h30, TM Rivoli] de Matthew Heineman, que acompanha duas histórias paralelas na fronteira entre o México e os EUA e o ciclo de violência que as circunda; a excepção é o já veterano Sergei Loznitsa com Sobytie (O Evento, 2015) [dia 1 às 22h30, TM Rivoli; repete dia 4 às 16h30, Passos Manuel], uma reconstrução através de imagens de arquivo do golpe de estado falhado em 1991 na União Soviética. Destaque ainda para os dois filmes portugueses presentes na competição: A Toca do Lobo (2015) [dia 3 às 15h, TM Rivoli; repete dia 6 às 19h, Passos Manuel] de Catarina Mourão, filme vencedor do prémio do público no Indielisboa, e uma viagem íntima através da história da família da realizadora, interligada com a do próprio país, num percurso entre gerações, e Portugal – Um Dia de Cada Vez (2015) [dia 2 às 16h30, Passos Manuel; repete dia 5 às 22h30, TM Rivoli] de João Canijo e Anabela Moreira, um roteiro sobre as personagens transmontanas que o filme vai encontrando.

Existem ainda vários outros pontos de interesse ao longo do Festival: desde filmes de Apichatpong Weerasethakul e Manoel de Oliveira; ao Fórum do Real (dia 4, entrada gratuita), um debate sobre o estado actual do documentário; uma secção dedicada ao olhar sobre a adolescência (Teenage) ou outra dedicada à música (Transmission), esta com a estreia de Blur: New World Towers (2015) e Keith Richards: Under the Influence (Keith Richards: Sob Influência, 2015), não faltarão filmes a descobrir – ao todo são 70 filmes, 44 estreias nacionais e 11 estreias mundiais,  ao longo de 8 dias. A programação diária do Porto/Post/Doc está disponível neste link.

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João Araújo

"I don't think the film has a grammar. I don't think film has but one form. If a good film results, then that film has created its own grammar" Yasujiro Ozu in "Ozu and The Poetics of Cinema", David Bordwell

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