O IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema Independente só começa no próximo dia 20 de Abril, mas podemos já anunciar uma parceria entre o À pala de Walsh e o festival, que muito nos honra. Nesta edição, as LisbonTalks – Universidade Lusófona, espaço de debate que situa e comenta a programação do festival e reflecte sobre a actual produção audiovisual, são organizadas à pala de Walsh.
Assim, este ano, a Sala 2 do Cinema São Jorge acolherá, sempre das 18h00 às 19h30 (excepção feita à mesa Verhoeven, vide abaixo), entre 22 e 30 de Abril, um conjunto de cinco mesas redondas com temas que vão do cultura digital, à serialização do cinema, da política dos autores nas três maminhas do Paul Verhoeven à política do actores no peito peludo de Vincent Macaigne (os dois Heróis Independentes desta edição), passando pelo que de melhor se faz no cinema independente norte-americano.
As entradas são todas, sem excepção, “à pala”.
Pode confirmar a sua presença no evento do Facebook aqui, consultar a programação do festival aqui.
Apareçam!
A Internet como forma-cinema
22 de Abril (sexta-feira), 18h00-19h30, Cinema São Jorge, Sala 2
Moderador:
Ricardo Vieira Lisboa (À pala de Walsh)
Convidados:
Afonso Mota (realizador)
Tiago Baptista (investigador)
Marta Pinho Alves (investigadora)
Intervenção Skype de Kevin B. Lee (crítico vídeo-ensaísta)
A crescente a cada vez mais constante presença de ecrãs, assim como as estruturas em rede da informação digital vêm-se infiltrando na matéria de cinema, nos seus temas e preocupações, mas também, e de modo mais revolucionário, na própria forma dos filmes: a sua arquitectura interna, a origem das suas imagens e o seu tratamento. Uma conversa sobre o cinema de desktop, a cultura dos clips, dos loops e dos gifs, dos links e das redes sociais.
Verhoeven, o independente megalómano
26 Abril (terça-feira), Cinema São Jorge, Sala 2
17h30-19h30 – Projecção do documentário Tricked: Paul’s Experience. Mais conversa:
Moderador:
Carlos Natálio (À pala de Walsh)
Convidados:
Luís Miguel Oliveira (crítico do Público)
Vasco Baptista Marques (crítico do Expresso)
Vasco Câmara (crítico do Público)
Há quem olhe Paul Verhoeven como um cineasta malabarista que tanto conseguiu o sucesso no seu país como conseguiu infiltrar-se na máquina de Hollywood e fazer grandes sucessos de bilheteira, sem perder a sua frontalidade e ironia e agora regressou ao cinema europeu como autor consagrado. Verhoeven é sem dúvida o mais megalómano dos independentes.
Televisão: o novo cinema?
27 Abril (quarta-feira), 18h00-19h30, Cinema São Jorge, Sala 2
Moderador:
Luís Mendonça (À pala de Walsh)
Convidados:
António Borges Correia (realizador)
José Marmeleira (crítico do Público)
Nuno Artur Silva (administrador da RTP)
Partindo da febre recente pelas séries televisivas, questionamo-nos se a televisão é o novo cinema, se o contém, se está dentro dele, se nada disso ou o seu contrário. Também procuramos descobrir, inversamente, se o cinema se está a tornar televisivo e a caminhar para a serialização. Uma conversa que partirá de um ponto de vista nacional.
Um novo cinema independente norte-americano
29 Abril (sexta-feira), 18h00-19h30, Cinema São Jorge, Sala 2
Moderador:
Ricardo Vieira Lisboa
Convidados:
Jorge Mourinha (crítico do Público)
Robert Greene (realizador)
Intervenções Skype de Geoff King (investigador) e Girish Shambu (crítico online)
Uma nova força no cinema independente norte-americano parece identificar-se, consequência dos modos de financiamento alternativos e da redução progressiva dos custos de produção. O cargo de realizador já não é uma posição, os postos vão mudando de projecto para projecto e os filmes resultam de uma rede de profissionais e amigos trabalhando à vez.
Por uma política dos actores
30 Abril (sábado), 18h00-19h30, Cinema São Jorge, Sala 2
Moderador:
Francisco Frazão (programador de teatro da Culturgest)
Convidados:
Gonçalo Waddington (actor e realizador)
Joana Barrios (actriz)
Vincent Macaigne (actor e realizador)
Os pontos que aproximam e afastam o teatro do cinema são muitos e já muito explorados, no entanto, quando Vincent Macaigne é o Herói Independente há que questionar a presença de um corpo como marca autoral. Assim, uma conversa sobre uma política dos actores impõe-se: as diferenças de método, a influência do actor na leitura dos seus personagens, a abertura dos realizadores a outras formas de autoria.