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À pala de Walsh
Contra-campo, Filmes Fetiche 0

Vídeo-ensaio #7: Editing issues

De Tiago Baptista · Em 16 de Outubro, 2016

Introdução à Segunda Temporada dos Filmes Fetiche

Vi recentemente pela primeira vez Pièce touchée (Martin Arnold, 1989) enquanto preparava  uma aula sobre found footage: é um dos filmes analisados por William C. Wees no seu livro Recycled Images, obra de referência sobre o filme de apropriação. Arnold usou nesta obra, e em vários outros filmes seus, uma técnica de montagem que altera a velocidade e a direção de uma cena hollywoodiana [neste caso The Human Jungle (1954) de Joseph M. Newman]. O efeito é produzido através de uma impressora alternada que avança e recua o filme original, fotograma a fotograma, num processo aparentemente aleatório que transforma os 18 segundos originais em quase 16 minutos. Esta suspensão (ou prolongamento) da cena original traz à superfície novos sentidos, ou sentidos escondidos; o beijo banal de um casal transforma-se num cortejo de hesitações que questiona o convencionalismo do gesto ao mesmo tempo que introduz dúvidas quanto aos sentimentos em jogo: amor, rotina, ou traição?

Esta mobilização da montagem para alterar a velocidade e direção de reprodução de um filme recordou-me o trabalho do video-ensaísta ::kogonada. Em alguns dos seus videos mais recentes, este autor produz um efeito semelhante, mas através da edição digital das imagens. Em Eyes of Hitchcock (2014), por exemplo, os atores são sujeitos ao mesmo efeito de alteração, os corpos movendo-se sincopadamente ao ritmo da música, mas desligados de um movimento natural. Novamente, uma suspensão do movimento original é o ponto de partida para escavar os sentidos do filme.

A comparação dos dois ensaios, em split-screen, pretendia apenas alinhar duas formas de produzir o mesmo efeito: de um lado, através da tecnologia de impressão fotoquímica; do outro, através de um programa de edição digital. Como objetivo programado, apenas a ideia de recordar que o ensaio audiovisual tem uma história e que o digital não inventou tudo. No entanto, postos lado a lado, os dois ensaios começaram a falar um com o outro e a dizer muitas outras coisas. Os excertos de filmes de Hitchcock pareciam ilustrar, da maneira mais negra possível, o desfecho das tensões insuspeitas que o ensaio de Arnold sugerira poderem afinal existir entre aquele casal. Da semelhança formal caminhou-se até um resultado imprevisto. A premissa pode ter sido minha, mas quem fez o trabalho todo foram estes dois ensaios.

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Joseph M. NewmanKogonadaMartin ArnoldWilliam C. Wees

Tiago Baptista

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