Ni le soleil, ni la mort ne se peuvent regarder fixement.
François de La Rochefoucauld
Coincidindo com a estreia de La mort de Louis XIV (A Morte de Luís XIV, 2016) de Albert Serra, várias instituições lisboetas se reuniram para conceber uma operação em torno da obra e universo do cineasta, prolongando-se ao longo do mês de Janeiro, numa variação modesta da homenagem que o Centre Pompidou (Paris) lhe prestou em 2013 e a Tate Modern (Londres) em 2015. A Cinemateca Portuguesa dedica um ciclo integral à sua cinematografia e oferece-lhe carta branca para apresentar um conjunto de filmes em diálogo com os seus. Na Galeria Graça Brandão e no Palácio Pombal são mostradas obras desenvolvidas para galerias, museus e eventos de arte contemporânea: a estreia da performance Roi Soleil (2016), as instalações Singularity (Pavilhão da Catalunha na 56ª Bienal de Veneza, 2015), Els tres porquets (dOCUMENTA 13, 2012), Els noms de Crist (MACBA: Museu d’Art Contemporani de Barcelona, 2010) e uma nova projecção que reúne elementos da performance.
O presente texto foi publicado no livro de compilação O Cinema Não Morreu – Crítica e Cinefilia À pala de Walsh. Pode adquiri-lo junto da editora Linha de Sombra, na respectiva livraria (na Cinemateca Portuguesa), e em livrarias seleccionadas.