O À pala de Walsh associa-se à promoção da segunda parte do ciclo A Gulbenkian e o Cinema Português, intitulada Ensaio e Ficção. Nesta mostra exibem-se filmes que resultam dos apoios dados à produção e à internacionalização do cinema português contemporâneo. Nesta edição, com a curadoria do walshiano Ricardo Vieira Lisboa, dá-se destaque não só às obras apoiadas, mas também a realizadores que tenham usufruído desses apoios, pretendendo-se assim demonstrar a amplitude do olhar e da sensibilidade dos cineastas e traçar as suas evoluções e revoluções estéticas. Para isso, no caso dos realizadores que só trabalharam o formato da curta-metragem, programaram-se várias das suas obras (senão todas) numa mesma sessão.
Assim, aos sábados (25 novembro e 2 dezembro) foca-se o cinema de ensaio, no primeiro com a exibição da longa-metragem de Catarina Mourão, A Toca do Lobo (2015), uma viagem pessoal por memórias familiares, e no segundo com as curtas-metragens de Raquel Schefer [que colaborou com o À pala de Walsh duas vezes, no Steal a Still e no dossier E elas criaram cinema], Avó (Muidumbe) (2009) e Nshajo (O Jogo) (2010), e Rita Macedo, Não-filme em três actos e um prelúdio (2010), Implausible Things (2014) e This Particular Nowhere (2015).
Para os domingos (26 dezembro e 3 dezembro) fica o cinema de ficção. No primeiro, são exibidos quatro filmes de Tiago Rosa-Rosso [Lei da Gravidade (2014), Despedida (2015), Zootrópio (2016) e a estreia de Pathos (2017)] que exploram a relação entre cinema e o palco, através de formatos como o sketch, a performance, o loop ou a adaptação teatral; já no segundo, somos conduzidos ao universo de André Marques [Luminita (2014), Yulya (2015) e a estreia lisboeta de Câmara Nova (2017)] que encontra no seio das relações humanas – ora familiares, ora amorosas – um território aberto à devastação do real.
Todas as sessões têm entrada livre.