Acedemos ao gentil convite formulado pela realizadora Rita Azevedo Gomes, uma das cineastas da nossa predilecção aqui no À pala de Walsh, e organizámos uma conversa em torno do seu mais recente filme, Correspondências (2016). Antes da sessão no Cinema Ideal, que teve lugar ontem, às 19h00, Luís Mendonça e Ricardo Vieira Lisboa passaram a palavra a Elisabete Marques, investigadora académica e poeta, autora dos livros recentes Animais de Sangue Frio e Cisco, e a Bernardo Vaz de Castro, crítico walshiano amante de Correspondências e investigador na área da filosofia e da literatura. A conversa fluiu como quem troca cartas sucessivas com as imagens deste filme de forma heterogénea e aberta, cheia de portas por abrir, sendo a porta maior a amizade, entre os poetas, Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen, e entre a realizadora e os seus actores.
A apresentação começa com a leitura de uma passagem da apresentação de Jorge de Sena a The River (O Rio Sagrado, 1951) de Jean Renoir, publicada no livro Sobre Cinema, editado pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.
