• Homepage
    • Quem Somos
    • Colaboradores
  • Dossier
    • Raoul Walsh, Herói Esquecido
    • Os Filhos de Bénard
    • Na Presença dos Palhaços
    • E elas criaram cinema
    • Hollywood Clássica: Outros Heróis
    • Godard, Livro Aberto
    • 5 Sentidos (+ 1)
    • Amizade (com Estado da Arte)
    • Fotograma, Meu Amor
    • Diálogos (com Estado da Arte)
    • 10 anos, 10 filmes
  • Críticas
    • Cinema em Casa
    • Em Sala
    • Noutras Salas
    • Raridades
    • Recuperados
    • Sem Sala
  • Em Foco
    • Comprimidos Cinéfilos
    • Divulgação
    • In Memoriam
    • Melhores do Ano
    • Palatorium Walshiano
    • Passatempos
    • Recortes do Cinema
  • Crónicas
    • Entre o granito e o arco-íris
    • Filmes nas aulas, filmes nas mãos
    • Nos Confins do Cinema
    • Recordações da casa de Alpendre
    • Week-End
    • Arquivo
      • Civic TV
      • Constelações Fílmicas
      • Contos do Arquivo
      • Do álbum que me coube em sorte
      • Ecstasy of Gold
      • Em Série
      • «Entre Parêntesis»
      • Ficheiros Secretos do Cinema Português
      • Filmado Tangente
      • I WISH I HAD SOMEONE ELSE’S FACE
      • O Movimento Perpétuo
      • Raccords do Algoritmo
      • Ramalhetes
      • Retratos de Projecção
      • Se Confinado Um Espectador
      • Simulacros
      • Sometimes I Wish We Were an Eagle
  • Contra-campo
    • Body Double
    • Caderneta de Cromos
    • Conversas à Pala
    • Crítica Epistolar
    • Estados Gerais
    • Filme Falado
    • Filmes Fetiche
    • Sopa de Planos
    • Steal a Still
    • Vai~e~Vem
    • Arquivo
      • Actualidades
      • Estado da Arte
      • Cadáver Esquisito
  • Entrevistas
  • Festivais
    • Córtex
    • Curtas Vila do Conde
    • DocLisboa
    • Doc’s Kingdom
    • FEST
    • Festa do Cinema Chinês
    • FESTin
    • Festival de Cinema Argentino
    • Frames Portuguese Film Festival
    • Harvard na Gulbenkian
    • IndieLisboa
    • LEFFEST
    • MONSTRA
    • MOTELx
    • New Horizons
    • Olhares do Mediterrâneo – Cinema no Feminino
    • Panorama
    • Porto/Post/Doc
    • QueerLisboa
  • Acção!
À pala de Walsh
Cinema em Casa, Críticas 0

The Equalizer 2 (2018) de Antoine Fuqua

De Ricardo Gross · Em 28 de Dezembro, 2018

A estreia entre nós de The Equalizer 2 (The Equalizer 2 – A Vingança) teve lugar a 19 de Julho deste ano. As edições recentes em Blu-ray e DVD dão o pretexto para que a pesquisa passe a trazer resultados sempre que alguém procure no À Pala de Walsh por este título, também representado nas nossas listas com os melhores filmes de 2018.

The Equalizer 2 (The Equalizer 2 – A Vingança) de Antoine Fuqua

Nos seus aspectos mais gerais, o filme não apresenta diferenças significativas relativamente a The Equalizer (The Equalizer – Sem Misericórdia, 2014) dirigido pelo mesmo Fuqua, mas se as capacidades de Robert McCall (Denzel Washington) são idênticas, é na identificação da personagem que o novo filme vai mais longe. Nada que o espectador não tivesse antes dado conta, mas agora isso vem do próprio filme e de outra personagem central, Miles Witthaker (Ashton Sanders), um rapaz cujo destino se cruzará com o de McCall. Miles é um estudante de artes gráficas que nunca se separa do caderno onde desenha todo o tipo de figuras. No autocarro escolar uma colega pergunta-lhe o que ele está a desenhar e Miles responde que é uma espécie de super-herói cujo poder principal é o de saber das coisas antes das outras pessoas. É claro que Miles se está a referir a Robert McCall e que The Equalizer (o primeiro e o segundo) disputa as audiências dos filmes da Marvel e outros, com a sua proposta de um herói mais humano que os demais “super”, que no entanto possui uma inteligência, contactos ao mais alto nível, destreza no manejo de armamento e na luta corpo-o-corpo que o colocam num plano superior em relação à nossa espécie.

O mundo destes filmes de Antoine Fuqua é um prolongamento daquele em que vivemos. O tempo do filme é o nosso tempo.

Robert McCall, que no passado desempenhara funções de operacional numa agência secreta do governo americano, cuja missão era eliminar os inimigos da nação, é agora uma espécie de anjo protector mas que pode ser também vingador quando o caso se torna mais pessoal, como acontece em The Equalizer 2. O mundo destes filmes de Antoine Fuqua é um prolongamento daquele em que vivemos. O tempo do filme é o nosso tempo. Só assim é possível que a fantasia apresentada tenha o poder ilusório de redimir algum aspecto da história pessoal de cada espectador. E apenas existe um segundo propósito para os filmes deste género, que é o do entretenimento. Mas aqui estamos no nível básico de todo o cinema. É uma função que os filmes cumprem sem excepção para um número menor ou maior de pessoas. A questão da reparação, simbolicamente apresentada como um acto de justiça ou vingança, e ancorada em princípios morais universais, é o plano superior do entretenimento quando falamos dos filmes de acção.

E regressamos a Miles Whitthaker. Também a figura dele encerra um simbolismo particular. Miles representa o público-alvo principal deste filme. O cinema de indústria tem sempre em mente a audiência a que se destina. Um filme com um realizador afro-americano, protagonizado por uma estrela de cinema negra, com esta preocupação de colocar uma personagem mais jovem, também negra, que o protagonista irá ensinar e proteger, apresenta o pacote completo para que os jovens afro-americanos acima de quaisquer outros criem uma grande identificação com o filme. Robert McCall tem tanto de justiceiro como de pedagogo. Os filmes apresentam-no entre os livros e as armas. Ou a ler ou a desembaraçar-se daqueles que são responsáveis pelos males do mundo. McCall age sobretudo no meio que lhe está próximo mas as implicações de algumas intrigas obrigam-no a deslocar-se pelo mundo (Rússia, Turquia, diferentes partes da América). Ele está em todo o lado e em cada cabeça de um espectador de cinema que viva a experiência do filme como a reparação ilusória dos seus sentimentos de perda ou de injustiça.

Partilhar isto:

  • Twitter
  • Facebook
2010'sAntoine FuquaAshton SandersDenzel Washington

Ricardo Gross

"Ken is a tormented man. It is Eiko, of course, but it is also Japan. Ken is a relic, a leftover of another age, of another country." The Yakuza (1974) de Sydney Pollack

Artigos relacionados

  • Críticas

    “Saute ma ville”, “La Chambre” e “Portrait d’une paresseuse”: a casa-retrato de Chantal Akerman

  • Críticas

    “Terrifier 2”: ‘gore, gore, gore’

  • Críticas

    “Ar Condicionado”: a potência do incerto

Sem Comentários

Deixe uma resposta

Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.

Últimas

  • A medida das coisas

    26 de Janeiro, 2023
  • “Saute ma ville”, “La Chambre” e “Portrait d’une paresseuse”: a casa-retrato de Chantal Akerman

    25 de Janeiro, 2023
  • “Terrifier 2”: ‘gore, gore, gore’

    24 de Janeiro, 2023
  • O sol a sombra a cal

    23 de Janeiro, 2023
  • “Ar Condicionado”: a potência do incerto

    18 de Janeiro, 2023
  • “The Bad and the Beautiful”: sob o feitiço de Hollywood, sobre o feitiço de Hollywood 

    17 de Janeiro, 2023
  • Três curtas portuguesas à porta dos Oscars

    16 de Janeiro, 2023
  • “Barbarian”: quando o terror é, afinal, uma sátira contemporânea

    13 de Janeiro, 2023
  • “Frágil”: apontamentos sobre o cinema da amizade

    11 de Janeiro, 2023
  • “Broker”: ‘babylifters’

    10 de Janeiro, 2023
  • Vamos ouvir mais uma vez: está tudo bem (só que não)

    9 de Janeiro, 2023
  • “Vendredi soir”: febre de sexta-feira à noite

    5 de Janeiro, 2023
  • “The Fabelmans”: ‘in the end… you got the girl’ 

    3 de Janeiro, 2023
  • 10 anos, 10 filmes #10: João Salaviza

    2 de Janeiro, 2023
  • “Beau travail”: princípio, meio e fim

    30 de Dezembro, 2022
  • Quem Somos
  • Colaboradores
  • Newsletter

À Pala de Walsh

No À pala de Walsh, cometemos a imprudência dos que esculpem sobre teatro e pintam sobre literatura. Escrevemos sobre cinema.

Críticas a filmes, crónicas, entrevistas e (outras) brincadeiras cinéfilas.

apaladewalsh@gmail.com

Últimas

  • A medida das coisas

    26 de Janeiro, 2023
  • “Saute ma ville”, “La Chambre” e “Portrait d’une paresseuse”: a casa-retrato de Chantal Akerman

    25 de Janeiro, 2023
  • “Terrifier 2”: ‘gore, gore, gore’

    24 de Janeiro, 2023
  • O sol a sombra a cal

    23 de Janeiro, 2023
  • “Ar Condicionado”: a potência do incerto

    18 de Janeiro, 2023

Etiquetas

1970's 2010's 2020's Alfred Hitchcock François Truffaut Fritz Lang Jean-Luc Godard John Ford João Bénard da Costa Manoel de Oliveira Martin Scorsese Orson Welles Pedro Costa Robert Bresson

Categorias

Arquivo

Pesquisar

© 2021 À pala de Walsh. Todos os direitos reservados.